6 de dez. de 2012

Morre Oscar Niemeyer, o arquiteto de Brasília

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Em entrevista coletiva após a confirmação da morte, o médico de Niemeyer, Fernando Gjroup, detalhou que o arquiteto vinha apresentando piora em seu estado de saúde desde terça-feira. Na manhã de quarta, Niemeyer havia apresentado insuficiência respiratória e precisou ser entubado. Gjroup contou que, durante a internação, o arquiteto teve momentos de lucidez e evitava falar sobre morte. "Ele chegou a trabalhar no hospital e conversar com a equipe dele sobre projetos. Ele nunca perguntava muito sobre seu estado de saúde. E falava só em viver." O corpo de Niemeyer será levado para Brasília na manhã desta quinta para ser velado no Palácio do Planalto. Na sexta, ele volta para o Rio para um novo velório, no Palácio da Cidade. O enterro acontece no Rio de Janeiro, no cemitério São João Batista.
O arquiteto Oscar Niemeyer
A razão do sucesso de Niemeyer está em sua ligação com um certo momento histórico do Brasil. "Sua carreira coincide com a modernização do Brasil. Ele foi um gênio no momento que a arquitetura queria se reinventar radicalmente”, diz Frederico Flósculo, professor de Arquitetura da Universidade de Brasília (UnB). Ao mesmo tempo, na definição de Flósculo, “suas obras têm a mesma marca, uma força plástica e de expressão que ignora as necessidades dos demais seres vivos”. A ventilação ruim e a iluminação insuficiente são os problemas mais apontados. “O Museu Nacional em Brasília, por exemplo, é um pavor climático. É um prédio totalmente fechado e uma praça toda cimentada com cerca de seis hectares. Nos dias de hoje, isso chega ao limite da ignorância em relação ao clima e ao conforto.”

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